A Explosão das Rádios On-lineAs Web Rádios estão ganhando mercado e tornando-se um meio de comunicação cada vez mais de massa.
Com o aumento do acesso da população à internet, principalmente, pelos jovens, descobriu-se um novo filão para o mercado publicitário, de divulgação de notícias e entretenimento.
Estudos comprovam que nos países do primeiro mundo, os jovens estão diminuindo o número de horas em frente à televisão para ficar navegando na internet. Como nestes países, o acesso à internet abrange boa parte da população, descobriu-se que, em média, um terço da população diminuiu o tempo assistindo televisão para ficar navegando na internet.
Os principais motivos que fazem com que os usuários desliguem a TV e o aparelho de rádio, e aumentem o tempo interação com os processos comunicacionais via web, mudando assim os hábitos de consumos da população, são as diversas possibilidades apresentadas por este meio para ler, ouvir ou ver.
O rádio, que teve seu fim anunciado quando surgiu a TV, na década de 50, porém mantém o status de meio de comunicação mais abrangente, chegando a 100% das residências brasileiras, ganha novo fôlego e se adapta melhor a nova tecnologia. Logo que houve a possibilidade de se criar uma forma de veicular informação, música e entretenimento, através da tecnologia streaming, gerando áudio em tempo real, havendo possibilidade de emitir programação gravada, imúmeras rádios convencionais aderiram o novo processo de comunicacao.
Outras tantas, foram criadas pelos usuários da internet, como uma forma de lazer e entretenimento, já que para não existe uma lei especifica que regule a transmissão ou o pagamento de royalties das músicas executadas por rádios Web. Como a Lei 9.610/98, que regula os direitos autorais brasileiros, não informa sobre o uso de webcasting, muitos especialistas em direitos autorais defendem que não existem formas de se cobrar juridicamente pelos direitos autorais provindos de webcasting.
Segundo esses especialistas, o fato de não ter como se certificar se a música foi realmente veiculada publicamente torna inviavel qualquer processo. Por outro lado, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) baseado no sexto parágrafo do artigo 5º da Lei de Direitos Autorais —"a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético"— garante que veiculação de música via internet está complementada na Lei brasileira.
Segundo Márcio Massano, coordenador estratégico de arrecadação do ECAD, em entrevista concedida ao site Radio Agência, existem cerca de 10 mil web rádios no Brasil, para um universo de 39 milhões de usuários da rede, conforme o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como o evoluir, as web rádios também foram se transformando e, hoje, a tecnologia possibilita o trabalho com podcast - produzido especialmente para a internet, e que engloba o streaming e o download em formato mp3.
A principal diferença de uma rádio tradicional para uma web rádio é que a on-line pode ser personalizada para determinado público de mercado, e, geralmente, possui bem menos tempo de comercial, comparado a uma rádio FM.
Para o presidente da Associação Brasileira de Podcasters, Maestro Billy, a internet provoca uma mega-especificação do público alvo. O internauta que faz o podcast pensando nas pessoas que se interessam pelo seu assunto, ou pelo seu produto.
Por este motivo, as web rádios estão tornando-se fenômenos entre os usuários da internet. Por ter essa segmentação de mercado especifica, o público acaba se identifica com o meio. A internet também possibilitou uma certa democracia dos meios, pois qualquer usuário pode informar ou até mesmo se tornar proprietário de um canal de televisão ou uma rádio, sem passar pelos trâmites legais de concessão ou gastar fortunas com antenas, satélites de transmissão, além, claro, de ter uma alcance mundial de todas as informações veiculadas.
Dentro dessas perspectivas, o jornalismo acaba também querendo abranger este espaço. Entretanto, muitas das informações veiculadas não têm um respaldo, por não ter uma relevância social, porém, essa democratização demonstra como a informação deixou de ser centralizada, num mundo o onde as fusões das grandes corporações da mídia criam grandes monopólios. Qualquer pessoa pode agora produzir conteúdos de áudio, vídeo e texto e divulgá-los, sem a intermediação de um editor.
As empresas de radiojornalismo, percebendo as vantagens (ausência de concessão, disponibilidade permanente e baixo custo de distribuição), montaram, em paralelo, web rádios. Ao mesmo tempo em que o locutor fala para determinado local, via ondas radiofônicas, ele também está falando para o mundo, através da internet.
O número de rádios tem aumentado consideravelmente, como informa o site Radio.com. Em julho de 2006, estavam registradas 79 web rádios. Um ano depois, foram 400 web rádios registradas. São 5 vezes mais do que um ano atrás. Isso demonstra o crescimento vertiginoso da nova mídia.
Dois dos principais estudiosos brasileiros da área, Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo Lima, no livro Manual do Radiojornalismo, afirmam que “com a facilidade de acesso do ouvinte-internauta a uma rádio de programação nacional, não mais haverá necessidade das formações de rede como se conhece hoje. […] A web proporciona a uma única rádio cobertura mundial, sem necessidade de outras emissoras. Com isso, as rádios nacionais poderão vender publicidade com a absoluta certeza de que esta será veiculada em todo o país”. Essa é tendência para o mercado da web rádio: crescer e torna-se algo que apenas era local para algo global, dando a oportunidade para diferentes segmentos levar a sua música, ouvir o seu estilo, vender sua marca e informar algo que antes era apenas privilégio para poucos. Porém, como tudo no mercado capitalista, apenas os bons irão sobreviver.
FONTE: http://www.radios.com.br/
não consigo ouvir agora
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